31.5.10

A verdade é que no meio de tantos flashes, tantas fotos tiradas pra que ela pudesse se lembrar daqueles momentos no futuro, tantos telefonemas, tantos amigos, tantos convites, não ficava nada. Só ficavam os registros das noites vazias, que davam o falso conforto de ter vivido alguma coisa consistente.

As promessas de amizade eterna, as lágrimas da despedida e dos reencontros, as "histórias pra contar", tudo isso era efêmero. Ainda não há argumentos que expliquem por que aquilo tudo era tido como certificado de felicidade. Mas ela fez tudo aquilo mesmo assim.

De tanto fazer o que a novela ensina, assim se acostumou a levar o próprio destino. E hoje, já no fim da estrada, continua com a plena convicção de que teve uma vida boa.

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