11.1.09

Da série: "Imposições Sociais"

Numa recente conversa, com uma pessoa também recentemente presente em minha vida, debatíamos a necessidade de títulos e a dificuldade "dos outros" de entenderem certos modelos de relacionamento.

Desde cedo, nos é imposta a obrigação de pôr tudo em pratos limpos, digamos, para dar à sociedade o conforto de conhecer nossos passos e nossa linha de raciocínio. Mas qual é o benefício que isso nos traz? Bisbilhotice é benefício?

Certos rumos que tomei na vida me fizeram dar murro em ponta de faca, até descobrir que, na realidade, eu não precisava insistir no que me foi imposto, e poderia construir um modelo novo.

Porém, este processo de moldar o ponto de vista é absolutamente pessoal e intransferível, de modo que tentar fazer com que se entenda o que você vive é o verdadeiro murro em ponta de faca. Por vezes, os clichês sociais criados há séculos se impõem ao raciocínio lógico. O que para os outros pode parecer submissão ou anulação de si mesmo, para você pode significar respeito pela individualidade do outro e pela sua também.

Para que tentar fazer com que um elemento exterior entenda o que parece estranho, se é esta excentricidade aquilo que lhe satisfaz?

5.1.09

Et quand tu me regardes, avec cette manière que tu sais que m'atteint, je ne peux rien faire. Mais qu'est-ce que je veux faire?

Je suis si aveugle que j'ai perdu mon habilité de juger. Ironique ça, parce que tu aimes dire que ça c'est la chose que je fais le mieux (et même aujourd'hui je ne sais pas encore si c'est un elòge ou une critique). Mais c'est vrai: tout le monde me dit que je suis aveugle. Et, sans blague, je ne vois aucune manière de me faire voir de nouveau.

J'ai toujours essayé d'être objective, et grâce à toi. Avec ta influence, j'ai perdu mon innocence, celle-là qui me faisait te donner des cadeaux et te dire des mots douces. Parfois je pense à mon avenir e j'ai la certitude que je ne serais plus capable de montrer les choses qui sont cachées dedans moi.

Mais je me suis trompée, n'est pas? Bien sûr, je suis vraiment capable de les montrer. Tu le sais. Tu fais mon pensée fondre, et peut être je ne devrais pas dire ça, mais tu as la plus dangereuse des armes dans tes mains. Mon pensée. Il m'a dilacéré pendant ces semaines, et tu connais la cause. Je n'ai pas besoin de te le dire.

Je sais que tu ne vais pas changer. Et je ne veux pas. Ce que je veux? C'est une immense interrogation que je prétends tendre le plus vitte possible. Aide-moi a trouver comment. Je m'ai déjà désisté.


(pardonnez-moi pour les erreurs, mais le dictionaire est fatigant après certain temps)

1.1.09

Eu nunca gostei do obrigatório. Mas não qualquer um: falo do obrigatório-social. Acho regras necessárias para manter certa civilidade, mas há tipos de normas que não têm cabimento.

Como, por exemplo, a necessidade histérica de permanecer exhilarated na noite de Ano Novo, vestindo branco, bebendo até perder as contas, sendo esperançoso e simpático. Nunca gostei muito desta festa, sempre achei meio besta essa história de gritar enlouquecidamente a contagem regressiva para o próximo ano. Entretanto, pelas tais tradições, acabei me acostumando com a situação.

E juro, eu juro, que neste ano eu estava entrando no clima da celebração, me preocupando com o que iria fazer, com quem estaria comigo, com o que iria vestir. E até que foi divertido até certo ponto, mas aí que entra a tal realidade. Constatei que nada é diferente na virada. Nada. A preocupação com despirocar toma totalmente o lugar da espiritualidade e do sossego que deveriam envolver o momento de receber um novo ciclo da vida.

Na onda social de estar feliz no Ano Novo, fiz meu esforço. Mas não resisti. Não sei se é a sobriedade, ou se eu sou uma ovelha negra, ou até se todos estão loucos, mas o fato é que não consigo me contaminar por tamanha comoção.

Permanece a certeza de sempre, existente em 31 de dezembro e em todos os outros dias do ano, de que não importam quantas ondas você pular ou quantas latas de cerveja beber, este ano será igual aos outros. O coletivo vai permanecer estagnado.